Dúvidas Frequentes – FAQ’s

Projetos complementares são conjuntos de documentos técnicos que complementam o projeto arquitetônico de uma construção. Eles englobam disciplinas específicas, como o projeto estrutural, elétrico, hidrossanitário, climatização, prevenção de incêndios, telecomunicações, automação, entre outros. Esses projetos detalham aspectos técnicos e funcionais da edificação, fornecendo informações necessárias para a execução da obra. Eles garantem que a estrutura seja segura, atendendo às normas e regulamentações vigentes, além de proporcionar conforto, eficiência energética e funcionalidade ao ambiente construído. Os projetos complementares são desenvolvidos por profissionais especializados, como engenheiros civis e elétricos, em estreita colaboração com arquitetos, a fim de integrar todas as disciplinas e garantir a harmonia entre forma e função na edificação.

1. Estrutural: engloba o cálculo e detalhamento das estruturas de concreto armado, metálicas ou de madeira.
2. Fundação: projeta os elementos que darão suporte e estabilidade à edificação, como estacas, sapatas e vigas de fundação.
3. Contenções e Muro de Arrimo: define as estruturas de contenção para estabilizar taludes e evitar deslizamentos de solos.
4. Elétrico: dimensiona a distribuição de energia, pontos de iluminação, tomadas e sistemas de proteção.
5. Hidrossanitário: contempla o projeto de água fria, água quente, esgoto sanitário e drenagem pluvial.
6. Climatização: define os sistemas de ar condicionado, ventilação e exaustão para proporcionar conforto térmico.
7. Prevenção de incêndios: estabelece medidas de segurança contra incêndios, como sistemas de detecção e extintores.
8. Telecomunicações: abrange o projeto de redes de telefonia, cabeamento estruturado e sistemas de comunicação.
9. Automação: contempla a automação residencial ou predial, permitindo o controle inteligente de dispositivos.
10. CFTV: projeta o sistema de monitoramento por câmeras para segurança.
11. Energia Solar: inclui o projeto de sistemas fotovoltaicos para geração de energia elétrica renovável.
12. Drenagem: projeta o sistema de drenagem para evitar acúmulo de água e problemas de infiltração.
13. Impermeabilização: define os materiais e técnicas para garantir a estanqueidade e proteção contra umidade.

Esses são alguns dos projetos complementares que podem ser desenvolvidos para garantir a segurança, eficiência e funcionalidade de uma edificação. Existem outros também que são complementares a uma obra. 

Os projetos complementares são essenciais em uma construção, pois garantem a segurança, funcionalidade e eficiência da edificação. Seguindo normas como a ABNT NBR 15.575, que estabelece requisitos de desempenho, esses projetos asseguram que a construção atenda a padrões de qualidade. Além disso, eles consideram o tempo de uso da edificação, garantindo durabilidade, conforto e economia de recursos ao longo do tempo. Com os projetos complementares adequados, a construção estará em conformidade com as normas técnicas, proporcionando uma edificação confiável e de alta qualidade.

1. NBR 5410: Norma de instalações elétricas de baixa tensão, que estabelece os requisitos mínimos para projetos e execução de instalações elétricas.
2. NBR 6118: Norma de projeto de estruturas de concreto, que define os critérios de dimensionamento e execução de estruturas de concreto armado.
3. NBR 5626: Norma estabelece os critérios técnicos necessários para o dimensionamento e execução de sistemas de abastecimento de água em edificações, considerando tanto a água fria como a água quente. A NBR 5626 aborda aspectos como a vazão necessária em cada ponto de consumo, diâmetros dos tubos, pressões mínimas e máximas, e outros requisitos relevantes para garantir a segurança e eficiência do sistema.
4. NBR 8160: Norma de sistemas prediais de esgoto sanitário, que estabelece os requisitos para projeto e execução de sistemas de esgoto sanitário.
5. NBR 15575: Norma de desempenho de edificações habitacionais, que estabelece critérios de desempenho para diversos sistemas e componentes da edificação.

Essas normas, entre outras, são utilizadas como referência para garantir a conformidade dos projetos complementares com as melhores práticas e padrões de qualidade estabelecidos.

A integração dos projetos complementares ao projeto arquitetônico é um processo essencial na concepção de um empreendimento. Para garantir o funcionamento adequado do edifício, é necessário que haja uma comunicação efetiva entre os profissionais responsáveis por cada disciplina, além da utilização de tecnologias avançadas como o BIM. Através de reuniões de coordenação e da criação de modelos virtuais integrados, é possível identificar conflitos e ajustar o projeto de forma precisa, resultando em um empreendimento funcional, eficiente e seguro.

A contratação de profissionais especializados para os projetos complementares é de extrema importância, pois esses especialistas possuem o conhecimento técnico e a experiência necessários para garantir a qualidade, a eficiência e a integração adequada desses projetos ao projeto arquitetônico. Eles estão familiarizados com as normas e regulamentações específicas de cada disciplina, o que contribui para evitar erros, conflitos e retrabalhos, resultando em um empreendimento bem-sucedido e funcional.

 O prazo varia conforme a complexidade e o tamanho do empreendimento, podendo levar de algumas semanas a meses para sua elaboração.

O projeto executivo arquitetônico compatibilizado com os complementares é a etapa final do processo de elaboração do projeto, onde todas as disciplinas são integradas e coordenadas para garantir a harmonia e a compatibilidade entre os diferentes sistemas da edificação. Nessa fase, são detalhados todos os elementos arquitetônicos, como plantas, cortes, fachadas e detalhamentos construtivos, considerando as interferências e as soluções necessárias para a execução do projeto. Além disso, são incorporados os projetos complementares, como os de estrutura, instalações elétricas, hidrossanitárias, entre outros, de forma a garantir a compatibilidade e o correto funcionamento de todos os sistemas. O projeto executivo arquitetônico compatibilizado é essencial para orientar a execução da obra, servindo como referência para a contratação de serviços, aquisição de materiais e a garantia de um resultado final de qualidade, estética e funcionalidade.

O custo de um projeto complementar varia dependendo de diversos fatores, como a complexidade do empreendimento, a área de atuação e a equipe de profissionais envolvida. Cada disciplina, como instalações elétricas, hidrossanitárias ou estruturais, possui suas próprias particularidades e demandas específicas, o que pode influenciar no valor final.

O custo de um projeto complementar é geralmente calculado com base na quantidade de horas técnicas despendidas pelo escritório e pelo profissional. Cada disciplina e escopo de trabalho específico exigirá uma estimativa de tempo para sua execução, levando em consideração as atividades de projeto, cálculos, detalhamentos e revisões necessárias. Dessa forma, é comum que o valor seja estabelecido a partir de uma taxa horária acordada entre as partes, considerando a expertise e o nível de especialização do profissional envolvido.

Em cada projeto complementar são entregues os seguintes itens, que podem variar de acordo com a disciplina específica:

1. Planta baixa: Representação gráfica em escala do projeto, mostrando a disposição dos elementos e características principais.
2. Cortes: Desenhos que apresentam o projeto em seção, revelando detalhes verticais da construção.
3. Quantitativos: Listas ou tabelas com a quantidade estimada de materiais, componentes ou equipamentos necessários para a execução do projeto.
4. Detalhes especiais: Desenhos ou diagramas que mostram soluções técnicas específicas, como conexões, encaixes ou sistemas complexos.
5. Memorial descritivo: Documento que descreve detalhadamente as características, normas, especificações e critérios adotados no projeto.
6. Memoriais complementares (se necessário): Documentos adicionais que fornecem informações específicas sobre determinados aspectos do projeto, como instalações elétricas, hidrossanitárias, de climatização, entre outros.

É importante ressaltar que cada projeto complementar pode ter particularidades e itens específicos de acordo com a disciplina e as necessidades do empreendimento.

A elaboração de um projeto complementar é de responsabilidade de profissionais devidamente registrados no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), dependendo da disciplina específica. Para cada disciplina, como engenheiro civil, engenheiro mecânico ou engenheiro elétrico, é necessário contar com um profissional habilitado e especializado na respectiva área. Esses profissionais possuem o conhecimento técnico e a expertise necessários para elaborar projetos complementares de forma adequada e em conformidade com as normas e regulamentações vigentes.